Uma mulher de 40 anos foi presa nesta quarta-feira (28) na cidade de Estreito, no Maranhão, suspeita de integrar um grupo criminoso responsável por sequestros e extorsões no estado. A prisão ocorreu durante a Operação Crypto Fall, deflagrada pelas Polícias Civis do Tocantins e do Maranhão.
A mulher, cujo nome não foi divulgado, é acusada de auxiliar na movimentação financeira da quadrilha, que forçava suas vítimas a realizar transferências bancárias sob ameaça. O montante obtido nas extorsões era convertido em criptomoedas, com o objetivo de ocultar a origem e a destinação do dinheiro.
Além dela, a operação resultou na prisão de um casal apontado como os líderes do grupo. O homem, de 36 anos, identificado como o mentor intelectual, e sua esposa, uma advogada que oferecia suporte jurídico às atividades criminosas, foram detidos na terça-feira (27). O casal é suspeito de participar de pelo menos três roubos a bancos entre 2023 e 2024 no Maranhão.
Durante a ação policial, foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão em duas cidades do Maranhão. Na residência do casal, os agentes encontraram um arsenal composto por um fuzil calibre .762, munições, explosivos e grande quantidade de dinheiro. Além disso, uma caminhonete e equipamentos eletrônicos foram apreendidos.
A investigação revelou que a quadrilha recrutava moradores de áreas periféricas de Estreito para abrir contas bancárias em nome de terceiros, utilizando documentos falsos. Essas contas eram usadas para receber o dinheiro das extorsões, posteriormente convertido em criptomoedas.
Todos os detidos foram levados para a delegacia de Imperatriz (MA) e serão encaminhados ao Sistema Penal do Maranhão. A operação contou com a participação das Divisões Especializadas de Repressão ao Crime Organizado (DEICs Palmas e Paraíso) e do Grupo de Operações Táticas Especiais do Tocantins (GOTE). As investigações continuam para identificar outros possíveis membros da organização criminosa.
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